TikTok é acusado de coletar dados ilegalmente de usuários

Empresa responsável pela plataforma admitiu que informações podem ser acessadas na sede da plataforma na China

Eduardo Barão

O governo do Canadá investiga se o aplicativo TikTok coletou dados pessoais dos usuários do país. É mais uma ação contra a rede social chinesa que tem gerado desconfiança em todo o mundo. Na última quinta-feira (23), a Comissão Europeia proibiu seus funcionários de usarem o aplicativo em smarthphones oficiais de serviço. A medida veio depois que a ByteDance, empresa responsável pela plataforma, admitiu que informações dos usuários podem ser acessadas na sede da empresa na China.

As Big Techs dos Estados Unidos também podem sentir os efeitos de uma possível e drástica mudança na lei que regula os serviços de internet. A Suprema Corte americana iniciou o debate de dois processos abertos contra o Google e o Twitter. As companhias são acusadas de hospedar e não impedir a divulgação de conteúdos terroristas que foram replicados por meio de algoritmos. As ações foram ajuízadas por duas famílias que perderam parentes em ataques terroristas no Estado Islâmico, em Istambul e em Paris. 

As gigantes da tecnologia se escoram em uma lei criada em 1996. Conhecida como seção 230, a norma estabelece que as plataformas digitais não podem ser responsabilizadas por conteúdo publicado pelos seus usuários, somente o produtor do material pode sofrer sanções judiciais. 

Os advogados das famílias argumentam que a lei, editada quando a internet estava em seus passos iniciais, está ultrapassada e afirmam que as Big Techs devem ser responsabilizadas porque contribuíram para a programação de discursos de ódio.  A decisão da Corte formada por três juristas e seis conservadores será anunciada em junho. 

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