O Sirius abriu pela primeira vez neste ano uma chamada para pesquisadores interessados em trabalhar no super laboratório. A unidade em Campinas, São Paulo, abriu vagas para realizar pesquisas no segundo semestre deste ano. Os interessados têm até o dia 24 de abril para enviar as propostas.
No ano passado, a primeira chamada teve 125 projetos escolhidos, sendo 15% de fora do país. O laboratório, que parece até um estádio de futebol, é um centro de pesquisa em energia e materiais, contando com um acelerador de partículas.
Com 68 mil m², Harry Westfahl Junior explica o porquê de um acelerador de partículas ser tão grande. “Para de fato você poder enxergar detalhes nanométricos você precisa chegar em um feixe muito pequeno, e para chegar nisso, é preciso de um acelerador muito grande. É porque as velocidades envolvidas são muito altas, são na velocidade da luz”, explica.
E é no Sirius que os pesquisadores trabalham e pesquisam amostras de elétrons de diversos materiais, já que o acelerador revela detalhes 50 vezes menores que um fio de cabelo. Cada linha de pesquisa é preparada para um tipo de material, a Ema, por exemplo, simular pressões extremas, como a de Júpiter. Assim, sendo fundamental para descobertas na corrida espacial.
Outro exemplo é para o meio ambiente. É o caso de Robervania da Silva, que pesquisa o impacto dos microplásticos no oceano. “A estrutura do laboratório é fundamental, principalmente pelo equipamento infravermelho que nos possibilita averiguar quais tipos de microplásticos através das leituras que ele fornece”, explica.