Mourão critica ausência de Ricardo Salles em reunião do Conselho da Amazônia

Ministro do Meio Ambiente é investigado pela PF em caso de venda ilegal de madeira

Da Redação, com Jornal da Noite

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, faltou a uma reunião do conselho da Amazônia Legal na última quarta-feira (26), não enviou representante e foi criticado publicamente pelo vice-presidente Hamilton Mourão. As informações são de Alex Gusmão, no Jornal da Noite.

O general comanda o conselho, criado no ano passado para coordenar as ações de proteção da Amazônia, e conta com a participação de 15 pastas do executivo. Mourão reconheceu que os índices de desmatamento "pioraram" em março e abril e que "a situação também não está boa" em maio. Mas o que irritou o general foi a ausência de Salles, justo o ministro da pasta mais vinculada à preservação da floresta. 

Mourão considerou o ato como uma “falta de educação". 

“Nós precisamos de cooperação. Foi isso que eu conversei com ministérios aqui presentes. E lamento profundamente a ausência do ministério mais importante, que não compareceu à reunião hoje, nem mandou representantes, que é o Ministério do Meio Ambiente. Da forma como fui formado, eu considero isso uma falta de educação", criticou o vice.

A Procuradoria-Geral da República tenta tirar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, do inquérito da Polícia Federal que apura irregularidades envolvendo Salles e o Ibama na venda irregular de madeira para o exterior, principalmente EUA e Europa. 

Moraes negou o pedido da PGR para deixar a relatoria da investigação. Foi o ministro do Supremo que autorizou a operação Akuanduba, que tem Salles, o presidente do Ibama Eduardo Bim e outros servidores do meio ambiente como alvos.  

Na noite da última quarta (26), o vice-procurador-geral da República Humberto Jacques de Medeiros entrou com novo recurso no STF, onde pede que o caso seja levado ao presidente do supremo, Luiz Fux ou vá diretamente para o plenário da Corte.  

Na última terça (25), Alexandre de Moraes havia levantado parcialmente o sigilo do inquérito sobre exportação ilegal de madeiras da Amazônia. 

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