A Procuradoria Geral do Estado do Equador informou que 6 pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no assassinato do candidato a presidente do país, Fernando Villavicencio. O suspeito de ter atirado o candidato a presidência foi morto no local numa troca de tiros com a equipe de segurança.
Agora a procuradoria geral investiga as motivações e quem foi o mandante do crime. Villavicencio levou três tiros na cabeça enquanto saía de uma reunião do partido na capital Quito, no fim da tarde da última quarta-feira (9).
Um vídeo mostra o momento em que Fernando Villavicencio sofre o atentado. Nas imagens, é possível ver o candidato à presidência saindo do local onde estava ocorrendo um encontro político, sendo acompanhado por agentes de segurança que o conduzem a um carro. Em seguida são ouvidos vários disparos de arma de fogo e todos tentam se proteger.
Estado de Emergência
O presidente do Equador, o conservador Guillermo Lasso, decretou na noite dessa quarta-feira (9), estado de emergência no país durante 60 dias, após o assassinato de Villavicencio. Foram ainda decretados três dias de luto nacional.
“Indignado e consternado pelo assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à sua esposa e suas filhas. Por sua memória e sua luta, asseguro-lhes que este crime não ficará impune”, afirmou o presidente do Equador.
Crise no Equador
O atentado é o estopim de uma crise política que perdura no Equador há anos. Em maio, o atual presidente Guillermo Lasso dissolveu a assembleia nacional convocando novas eleições.
O ato, conhecido como 'morte cruzada', é previsto na constituição do país, e permite que o presidente governe por seis meses por decreto até a convocação de novas eleições.
Lasso sofria um processo de impeachment e ainda com a baixa popularidade. Ele está no poder desde 2021 é acusado de peculato na gestão da estatal de navegação do Equador.
As eleições no equador deveriam acontecer somente em 2025, quando terminaria o mandato de Guillermo Lasso, atual presidente que sofre uma série de pressões. Mas as eleições foram antecipadas para o próximo 20 de agosto.
O candidato assassinado, Fernando Villavicencio, do partido de centro 'Movimiento Construye' figurava nas pesquisas de intenção de voto em quinto lugar, atrás de Luísa Gonzalez, do 'Movimiento Revolución Ciudadana' - partido de esquerda do ex-presidente Rafael Corrêa, que governou o Equador entre 2007 e 2017.
Itamaraty lamenta
O governo brasileiro se manifestou em relação ao atentado que terminou com a morte de um candidato à presidência do equador. Em nota, o Itamaraty declarou profunda consternação com o assassinato de Fernando Villavicêncio, em Quito. O governo brasileiro espera que todos os responsáveis sejam identificados e levados à justiça. E prestou condolências à família do candidato presidencial.