Porto Alegre virou uma capital irreconhecível. Mesmo em bairros distantes do Lago Guaíba, a água bate na altura do peito e entra na casa das pessoas. A estudante Marcelle Nickelle conseguiu resgate para si e para os gatinhos que cria.
“Foi muito rápido. Em menos de 12 horas, a rua quase inteira ficou cheia de água. O primeiro andar inteiro ficou com água”, contou a estudante em entrevista à Band.
Na Rua Joaquim Nabuco, no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, a água num trecho nem tão profundo chegava aos joelhos de uma pessoa adulta.
“Tem muito idoso, e o pessoal está se recusando a sair de casa. Hoje, o pessoal está voltando para pegar muito pet que ficou em casa. Hoje, até uma senhora de 102 anos teve que ser tirada de casa”, disse o voluntário Daniel Garcia.
Assim como Daniel, outros voluntários reforçaram que pessoas, apesar de estarem em áreas de risco e ilhadas, não queriam sair de casa. Segundo alguns relatos, esses “ilhados” acreditam que a água logo vai cessar e que têm mantimento suficiente.
Mesmo com as recusas por salvamento, os voluntários continuam correm para salvar quem precisa de ajuda. Eles chegam de manhã, sem hora para sair.