Mitre: O caminho da negociação com os militares para a redução de gastos

Do noticiário que veio junto com o anúncio do governo de que incluiria o Ministério da Defesa no esforço para o corte de gastos, a única informação sobre a qual não há dúvida é que não falta habilidade ao ministro José Múcio para conduzir o assunto entre os militares. Disso ninguém dúvida. 

Mas não se confirma, por exemplo, a avaliação, noticiada, de que, nos quartéis, há compreensão e abertura suficiente para encarar com objetividade - ou até tranquilidade -  essa novidade. Não se confirma até por isso mesmo: não gostaram por lá do anúncio de última hora, por ser de última hora - quando a discussão com outros ministérios já ia longe. 

Entre os militares, não é segredo que se aponta também para outras áreas que deveriam entrar no sacrifício e o Judiciário é citado. O que parece claro é que o governo não vai recuar.

A missão, na mão de José Múcio, é para ser cumprida, mas os caminhos não estão ainda bem pavimentados. Pelo contrário: terreno acidentado pela frente - independentemente do reconhecimento em alguns setores das Forças Armadas da necessidade de ajustar essas contas, tendo em vista uma economia de 6 bilhões. 

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