Mitre: debate sobre segurança em 2026 pode ganhar qualidade que ainda não tem

Fernando Mitre projeta a discussão sobre a segurança pública, no Brasil, com a proximidade das eleições de 2026

De um lado, a defesa, sem restrições, das ações policiais livres de qualquer barreira contra a violência de seus agentes. De outro, a imposição de limites ao trabalho da polícia, sem considerar prejuízos ao combate à criminalidade.

Essas duas posições já predominam no debate público, que será fundamental na eleição de 2026. Deixam suas pistas nas avaliações e reações despertadas pelo decreto de Brasília sobre segurança. 

De fato, exploração do tema – da insegurança e do medo da população – vem crescendo no discurso dos políticos e possíveis candidatos. E a polarização já vai tomando forma. Mas pode e deve ser perturbada por avaliações mais objetivas e eficientes, sem tender para o lado que abençoa os excessos policiais ou para as teses que inibem e prejudicam o trabalho das forças da ordem.

Uma polícia bem preparada, eficiente no combate ao crime, tanto na inteligência quanto nas ações de repressão, que deve ser dura com os bandidos, mas sempre dentro da lei, é a que pode atender melhor e de maneira mais adequada a ideia fundamental de proteção da sociedade.

Embora já congestionado por radicalismos e frases fáceis e atitudes demagógicas, o debate necessário e oportuno da crucial questão da segurança, na sua complexidade, ainda pode ganhar a qualidade que, até agora, não tem. Mais ou menos avançado, ele vai crescer em 2026 e poderá vir com uma grande novidade: o confronto de ideias e propostas de alto nível, como nunca tivemos em nenhuma campanha, em nenhum debate entre candidatos. Já é tempo.

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