Homem que detonou explosivos na Praça Três Poderes alugou casa em Ceilândia, no DF

Responsável pelas explosões em Brasília foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, de Rio do Sul, em Santa Catarina

da redação com caiã messina

Francisco Vanderlei Luís, identificado como o homem que morreu após detonar explosivos próximo ao prédio do Supremo Tribunal Federal, alugou uma casa em Ceilândia, cidade satélite do Distrito Federal, a cerca de 30 quilômetros da Praça dos Três Poderes. 

A Polícia Civil do Distrito Federal realizou diligências no local. Segundo apuração da Band, existe a suspeita de que o homem teria alugado um trailer e os investigadores procuram pelo veículo. 

O homem que causou explosões na Praça dos Três Poderes já tentou ser vereador pelo PL em Rio do Sul, cidade de Santa Catarina, em 2020, mas não foi eleito, e fez ameaças ao presidente Lula, entre outros políticos, em redes sociais. Ele também era dono do carro que ele mesmo explodiu no estacionamento do prédio anexo da Câmara dos Deputados. 

A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, declarou em entrevista coletiva que o homem tentou entrar no prédio do STF. “Logo após o momento da explosão, o cidadão se aproximou do Supremo, onde tentou entrar no prédio, não conseguiu, e teve a explosão na porta”, afirmou. 

A PF utilizou imagens de câmeras e as roupas dele para identificar o homem - ele vestia calças ilustradas com naipes de baralho, semelhante a palhaços ou em referência ao personagem “Coringa”. O corpo dele ainda será levado para o IML (Instituto Médico Legal) para perícia.

A principal linha de investigação é que se tratava de um "lobo solitário", ou seja, uma pessoa que não teve ajuda de ninguém para fazer esse ataque. No carro de Francisco foram encontradas dezenas de bombas caseiras detonadas na primeira explosão.

Até a última atualização desta reportagem, a Praça dos Três Poderes continua interditada para vistorias. Em nota enviada à Band, o Bope do Distrito Federal ainda está desativando os artefatos explosivos que estão sendo encontrados na área. “Desativando um a um, sendo criterioso na preservação dos vestígios, para que a investigação possa ter materiais em busca de outros possíveis autores”, declarou.

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