O governo fechou um acordo nesta terça-feira (19) com os deputados para votar o projeto que define a grade do novo ensino médio. A votação deve acontecer na Câmara nesta quarta (20).
A negociação é um meio-termo entre o que defendia o governo e o que queria o relator, Mendonça Filho, do União Brasil. O consenso só aconteceu depois de uma reunião tensa com o ministro da Educação, Camilo Santana. Teve bate-boca, gritos e até soco na mesa. Os dois pediram desculpas e a conversa continuou.
O estudante vai ter a oportunidade de escolher entre uma carga horária com mais disciplinas tradicionais ou escolher um curso técnico. O número de aulas vai depender do que o aluno acredita ser o mais adequado.
Para o ensino médio tradicional serão duas mil e 400 horas para disciplinas como português, matemática, história, geografia, entre outras e mais 600 horas para as optativas. No caso do técnico, mil e 800 horas no mínimo serão destinadas para matérias tradicionais e o restante para o curso. A carga horária total é de 3 mil horas.
O governo já previa ceder em partes para evitar uma derrota maior. Devido ao relator do projeto ter sido o ministro da Educação durante o governo do ex-presidente Michel Temer, e responsável por propor a reforma do ensino médio sancionada em 2017 que, agora, o atual governo tenta derrubar.