O cartola Ednaldo Rodrigues aguarda que o Tribunal De Justiça do Rio de Janeiro seja notificado da decisão do Supremo Tribunal Federal, para reassumir o comando da Confederação Brasileira De Futebol.
Uma ação acatada pelo TJRJ afastou o presidente da CBF em 7 de dezembro do ano passado. O caso foi parar no Supremo, por uma ação movida pelo PC do B. O partido considerou ilegal a decisão da Justiça do Rio. O relator, Ministro Gilmar Mendes, acatou os argumentos e devolveu Ednaldo Rodrigues ao cargo.
O ministro Gilmar Mendes levou em consideração as manifestações da Advocacia-Geral Da União e da Procuradoria-Geral da República em favor da recondução de Ednaldo.
Os principais argumentos são de que o Ministério Público tem prerrogativa para firmar um termo de ajustamento de conduta. E também o risco de uma possível punição da FIFA ao Brasil.
O país poderia ficar de fora, por exemplo, do pré-olímpico de futebol masculino. A lista dos jogadores convocados precisa ser enviada até esta sexta-feira (05). Se fosse assinada por um interventor, a seleção poderia ser excluída.
A FIFA não admite intervenções da Justiça comum nas federações esportivas. A decisão é provisória, mas já está valendo. O mérito será julgado no plenário do STF.
Crise na CBF é de longa data
Foi graças a esse TAC que o cartola foi mantido no cargo depois que o ex-presidente, Rogério Caboclo, foi destituído da presidência acusado de assédio contra funcionárias da CBF.
Em seguida, Ednaldo foi eleito e efetivado no cargo. Membros da antiga direção, no entanto, entraram na Justiça para que o termo assinado entre MP e CBF fosse considerado sem validade. Foi o que aconteceu.
Ednaldo foi afastado e o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, José Perdiz de Jesus, assumiu interinamente até a realização de uma nova eleição, marcada para esse mês de janeiro.
Compromissos esportivos e novo treinador
Com a definição legal do caso, mesmo que por liminar, a direção da CBF vai correr contra o tempo para inscrever o brasil no pré-olímpico. É prioridade também contratar um técnico em definitivo para a seleção masculina principal.
O plano "A" de Ednaldo falhou. Carlo Ancelotti, que teria um acordo verbal com a CBF para assumir a seleção no meio do ano, renovou com o Real Madrid. O presidente da CBF vai atrás de um outro nome. Fernando Diniz, do Fluminense, não deve ser efetivado. Na imprensa esportiva, um nome cogitado é o de Dorival Júnior, do São Paulo.