Uma fotógrafa foi até a delegacia registrar um boletim de ocorrência e descobriu que está registrada na lista de desaparecidos há 11 anos
Dayanara Spring fugiu de casa quando tinha 13 anos e morava com a tia, na cidade de Toledo, no Paraná. A família registrou o boletim de ocorrência pelo sumiço da então adolescente. O caso foi parar no conselho tutelar. Três dias depois ela voltou para casa, só que o registro na polícia continuou ativo.
De acordo com o Anuário de Segurança Pública, o Brasil registrou mais de 80 mil casos de pessoas desaparecidas em 2023, o que dá uma média de 220 desaparecimentos por dia. O grande problema é que não existe um sistema nacional automático unificado de dados. Em geral, cada estado tem seu cadastro de desaparecidos.
Em 2019, o governo federal anunciou a criação de um cadastro nacional unificado, que integraria dados de todas as instituições de segurança pública do país. Só que o sistema ainda está em desenvolvimento.
Assim que uma pessoa desaparece, a família deve procurar qualquer unidade da polícia para registrar o desaparecimento, o que também pode ser feito pela internet. Se a pessoa for encontrada por familiares ou amigos ou reaparecer voluntariamente, a polícia também deve ser avisada.