Um ex-funcionário da Boeing, companhia de desenvolvimento aeroespacial dos Estados Unidos, foi encontrado morto após prestar depoimento sobre as falhas de segurança nos aviões da empresa.

John Barnett trabalhou por 32 anos na fabricante de aviões até se aposentar em 2017. Uma das funções que exerceu foi de gerente de qualidade na sede do estado da Carolina do Sul.

Em 2019, Barnett concedeu uma entrevista denunciando que a Boeing estava pressionando os trabalhadores para instalar peças com qualidade inferior e que a pressa na construção das aeronaves poderia comprometer a segurança nos voos, algo negado pela companhia.

Barnett também informou que alertou seus gerentes sobre a situação, mas que nenhuma providência foi tomada. O ex-funcionário entrou na justiça contra a Boeing por difamação, mas não apareceu para depor no último sábado (9).

A polícia foi atrás de Barnett, que foi localizado morto no estacionamento do hotel onde estava hospedado. Uma investigação foi aberta para apurar as causas da morte.

A tragédia ocorre no momento em que a Boeing está passando por auditorias após falhas sucessivas. Uma delas ocorreu em janeiro quando uma falsa porta do Boeing 737 Max, da companhia Alaska Airlines, caiu em pleno voo. Ninguém se feriu.

Um relatório da agência americana de aviação revelou que a empresa foi reprovada em 33 dos 89 testes que foram realizados.