Agressão a moradores de rua, tiros para o alto: Bonde dos Mauricinhos é procurado em Manaus

Caso ganhou repercussão depois de o grupo publicar vídeos nas redes sociais para ostentar e exibir atitudes criminosas

Adriano Fernandes

A Polícia Civil realiza buscas pelos três jovens de classe média alta integrantes do autointitulado "bonde dos mauricinhos”, acusados de agressões, vandalismo e outros crimes em Manaus, no Amazonas. 

O caso ganhou repercussão depois de o grupo publicar uma série de vídeos nas redes sociais para ostentar e exibir atitudes criminosas, dando tiros para o alto, agredindo pessoas em situação de rua e colocando fogo em áreas de mata, por exemplo. 

Os jovens foram identificados como Enrick Benigno Lima, Pedro Henrique Baima e Marcos Vinicius Mota. Todos são filhos de empresários.

Durante uma operação realizada na segunda-feira (21), os agentes cumpriram ordens judiciais e apreenderam computadores, celulares e munições de pistola na casa de Marcos.

“São jovens arruaceiros causando perigo durante a madrugada aqui na nossa capital, disparando com arma de fogo, ateando fogo em locais públicos, danificando alguns comércios e perturbando alguns moradores que estão na condição de rua”, destacou o delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas, Bruno Fraga.

Até o momento, o grupo, que está foragido, é investigado por crimes como porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa, incêndio e injúria.

"Não adianta ter dinheiro se não sabe se comportar dentro de uma sociedade ordeira, como tem que ser a nossa sociedade. Cometeu o seu erro, vai responder pelo seu ato, independente do estado financeiro, independente da capacidade da família, para a gente pouco importa”, afirmou o secretário de Segurança Pública do estado, Vinicius Almeida.

“Jovens fazem bobagem”

O advogado de defesa de um dos integrantes do “Bonde dos Mauricinhos” disse, nesta quarta-feira (23), ao comentar o caso, que “jovens às vezes fazem bobagem”.

“É um grupo de jovens, garotos, que são comuns, como qualquer outro jovem, e às vezes fazem bobagem na adolescência”, afirmou o advogado na porta da delegacia, onde esteve para representar Marcos Vinicius Mota. 

“Tratam-se de fatos antigos, de dois anos atrás. Meu cliente era ‘de menor’, se fosse apurado, não seria crime, seria ato infracional”, disse também o advogado. 

Os três são aguardados para uma audiência na próxima quarta (30). 

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