O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, decidiu na última quarta-feira (25) rejeitar o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A representação foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que se manifestou somente nesta quinta-feira (26).
“Quando chegou uma ordem do ministro Barroso para abrir a CPI da Covid, ele mandou abrir e ponto final. Ele agiu de maneira diferente de como agia no passado”, comentou Bolsonaro. “Nós continuaremos aqui, no limite, dentro das quatro linhas e buscar garantia para o nosso povo.”
O presidente do Senado respondeu às críticas do presidente que disse que não faria disso “um cavalo de batalha”, pois considera importante respeitar as posições divergentes. “Nós devemos fazer o debate e o confronto e ideias e não de homens e instituições”, disse.
Luiz Fux, presidente do STF, também disse hoje que a democracia não admite a possibilidade de um ministro da Corte. “O impeachment, tem digamos assim, uma roupagem de ameaça, de cassação de um juiz por suas opiniões”, afirmou.
Após pedidos do Congresso e de governadores, Fux deu sinais de que aceita uma reunião entre os três Poderes, mas exige que Bolsonaro pare de atacar o Tribunal.
Ministros do Planalto apontam também que Bolsonaro também condicionou o encontro ao fim do que ele define como perseguição a aliados do governo.