A relação entre Brasil e Estados Unidos

As congratulações de Lula ao eleito Trump vêm acompanhadas da expectativa de que a relação dos dois governos será pragmática.

 Uma referência aí é a relação que o primeiro governo Lula teve com o governo Bush. E isso depois de nosso presidente denunciar a agressão americana ao Iraque. 

Apesar das diferenças ideológicas, rolou até uma boa relação pessoal de Lula com o companheiro Bush. Agora, já muito se tem ouvido - entre tantas coisas - que as políticas de Trump, por exemplo, vão jogar o Brasil nos braços da China. Será? 

A política externa brasileira tem história suficiente para sustentar uma política realista com os EUA e, ao mesmo tempo, com a China. Trump - que obviamente terá relações tensas com os chineses - não vai, nos negócios conosco, nem provocar nem impedir esse rumo brasileiro. É a expectativa do Itamaraty. 

O fato é que novas possibilidades diplomáticas para o Brasil chegam com a vitória de Trump - inclusive algumas problemáticas, como aumento nas tarifas para a importação nos EUA -  mas nada impede que os dois países sigam num caminho pragmático, de acordo com os interesses de cada um. 

Os EUA - só para lembrar - foram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil, em 1824. O que não interfere no fato de que estamos longe de ser um país que tenha atenção especial de Washington. 

Lula já faz o seu papel cumprindo o rito de enviar congratulações a Trump, já deixando para trás a criticada declaração a favor de Kamala Harris. 

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