Dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, a Meta anunciou que vai encerrar o programa de checagem de fatos que apontava publicações com informações falsas em suas plataformas. As práticas de moderação de conteúdo nas plataformas começaram em 2016, visando reduzir disseminação de informações falsas.
Na época, a big tech liderada por Mark Zuckeberg era alvo de críticas por não ter agido contra a avalanche de desinformação que inundou a rede social em meio à campanha que elegeu Donald Trump como presidente americano.
Oito anos depois, a moderação e a checagem dos conteúdos serão interrompidas. CEO da Meta, Zuckeberg disse que será implementado um recurso chamado de notas da comunidade, onde os usuários corrigem posts que contêm informações falsas ou fora de contexto. O sistema já é adotado pelo X, rede social de Elon Musk.
Zuckeberg alegou que era hora de trazer suas plataformas de volta para as raízes da liberdade de expressão e que a política de checagem causou muitos erros e altos níveis de censura.
As políticas de moderação de conteúdo eram tocadas por funcionários da Meta, supervisionados por um conselho independente dentro da empresa. A mudança no serviço começará aqui nos Estados Unidos, e soa como uma declaração contra a regulação das big techs no mundo inteiro.
Em uma referência indireta ao Brasil, Zuckeberg disse ainda que países latino-americanos possuem tribunais secretos, que ordenam a derrubada de conteúdos. A mudança na mediação ocorre às vésperas da posse de Trump, que criticou os filtros da Meta nos últimos anos.
Em uma entrevista concedida nesta quarta-feira (7), o republicano admitiu que o recuo pode estar ligado as pressões feitas por ele.