O voto impresso, bandeira levantada pelos bolsonaristas, continua gerando discussões. Nesta quarta-feira (30), representantes de 11 partidos se reuniram com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, para manifestar apoio ao modelo da urna eletrônica, em vigor no brasil há 25 anos.
“O sistema está imune a fraudes, ao contrário do que vigorava no Brasil há algumas décadas, que era apuração com papel. A cada eleição, tinham várias denúncias de fraudes e as denúncias eram comprovadas”, explicou Gilberto Kassab, presidente do PSD.
A previsão é que a comissão especial vote na próxima semana o parecer do relator da Proposta de Emenda Constitucional, Filipe Barros, favorável à mudança. A ideia é acoplar uma impressora na urna eletrônica, com um visor transparente, para que o eleitor confira as informações sem tocar no comprovante. O papel poderia ser usado como prova, em caso de contestação do resultado.
O TSE é contra a mudança. Além do custo - R$ 2 bilhões em 10 anos -, a avaliação é a de que o voto impresso poderia gerar insegurança ao processo eleitoral, abrindo espaço para inúmeros pedidos de recontagem de votos.
“A história do Brasil com voto de papel desde o império foi a história das fraudes eleitorais. E com o voto eletrônico, nós conseguimos eliminar essas fraudes”, garantiu Barroso.
Para valer já nas eleições do ano que vem, a proposta precisa ser aprovada em duas votações no plenário da Câmara e mais duas no Senado até outubro.