Jornal da Band

Vinhedo amanhece entre susto e dor após queda de avião que matou 62 pessoas

Parte da cidade, localizada a 70 km de São Paulo, é formada por chácaras e condomínios de casas, assim como o Residencial Recanto Florido, onde o avião caiu

Da redação

Como amanhece uma cidade após o pior acidente da aviação comercial brasileira em 17 anos? Moradores de Vinhedo, no interior de São Paulo, ainda tentam absorver o que aconteceu. Num condomínio de lá, a queda de um avião da companhia VoePass matou 62 pessoas.

A imagem de um avião que rodopia no ar em queda livre chocou o Brasil. Dentro da aeronave, dezenas de pessoas. Aqui fora, a incredulidade de quem assistiu a tudo de perto. Um morador vizinho de onde houve o acidente, em entrevista à Band, disse que acordou impactado pelo que viu.

“Hoje, eu acordei até com dor no corpo, pela tensão, pelo que vi. Quando eu estava a caminho do acidente, eu socorri alguns vizinhos que estavam passando mal. Muita emoção”, desabafou Ricardo Rodrigues.

Vinhedo amanheceu entre o susto e a dor de pensar nas vítimas e nas famílias. Parte da cidade, localizada a 70 km de São Paulo, é formada por chácaras e condomínios de casas. O Residencial Recanto Florido, onde o avião caiu, é um deles.

“A gente está muito chocada. A minha sogra também está muito chocada. Não conseguiu dormir direito. A gente fica pensando nos familiares, nas pessoas que ficaram. A gente está muito abalado. Vinhedo toda está abalada”, expressou a educadora Michele Oliveira.

Um posto de comando avançado foi montado na frente e atende os jornalistas. As discussões mais estratégicas acontecem dentro do condomínio, mais próximo do ponto exato da queda, onde as equipes trabalham na retirada dos corpos. 

Os corpos do piloto e do copiloto foram os primeiros a serem identificados. Eles estavam na parte da frente da aeronave, região que ficou mais preservada. A parte traseira ficou praticamente destruída, onde as equipes encontram mais dificuldade para a retirada dos corpos.

Enquanto as equipes trabalham sem pausa, na calmaria de uma cidade do interior, o dia termina ainda mais silencioso.

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