Desde que começou a trabalhar como motorista de aplicativo em 2016, Renato Alves procura pagar sempre o IPVA em parcela única, com desconto.
Em 2022, para não ficar no vermelho, ele vai ter que parcelar. O imposto vai ficar mais de R$ 500 mais caro.
“É impactante”, admite. “Porque é algo que poderia economizar com desconto que eu tinha. Eu não vou estar economizando. Isso a longo prazo vai pesar, sim.”
O IPVA é calculado sobre o valor do veículo na tabela Fipe, e varia de um estado para o outro. Em São Paulo, a alíquota é de 4% para modelos movidos a gasolina ou flex.
O imposto vai pesar mais no bolso de donos de carros usados, que se valorizaram neste ano por causa da falta de veículos novos no mercado.
“Se os veículos subirem entre 20% e 30% de valor, o IPVA vai subir na mesma proporção”, explica o economista Alberto Ajzental.
Para evitar a inadimplência, o governo de São Paulo decidiu aumentar o número de parcelas para pagamento do IPVA a partir do ano que vem. Em vez de três vezes, o imposto poderá ser pago em até cinco prestações.
Mas a opção mais vantajosa para quem puder é pagar tudo de uma vez em janeiro, com 3% de desconto.
Os descontos e parcelamentos também variam entre os estados, chegando a até dez vezes.