Adriana Araújo sobre Vai-Vai: "Polícia desacreditada interessa apenas ao crime"

O desfile da escola de samba Vai-Vai, ocorrido na noite de sábado no Anhembi, gerou polêmica por levar para a avenida integrantes fantasiados de demônio e usando escudos do Batalhão de Choque da Polícia Militar de São Paulo. Segundo a apresentadora Adriana Araújo, do Jornal da Band, não cabe nenhum tipo de censura ao Carnaval, mas desacreditar o trabalho dos policiais interessa apenas ao crime.

"Carnaval é liberdade e fantasia, não cabe censura. Mas esse episódio serve para uma reflexão importante. Erros policiais têm que ser corrigidos, mas como sociedade, não podemos deixar de reconhecer e valorizar o policial, que está na rua todos os dias, trabalhando corretamente. Você já se perguntou a quem interessa uma polícia desacreditada? Ao crime, apenas ao crime", disse a jornalista.

O Sindicato dos Delegados de SP reagiu ao desfile da Va-Vai, que tinha como tema a cultura hip-hop, acusando a escola do Bixiga de tratar com escárnio a figura dos agentes da lei. A nota de repúdio afirma ainda que a ala 'Sobrevivendo no Inferno'  demonizou a polícia e causou indignação por tratar de forma "covarde" profissionais que se "dedicam à proteção de toda a sociedade".

A Vai-Vai explicou que a ala é uma referência ao álbum do grupo Racionais MCs de mesmo nome - 'Sobrevivendo no Inferno' - que retrata o preconceito que os rappers sofriam por parte da polícia nos anos 90. A agremiação disse ainda que não teve intenção de promover qualquer tipo de ataque ou provocação aos policiais. O pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, do Psol, desfilou na Vai-Vai.

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