O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que tinha bloqueado a entrada da Suécia na OTAN (Tratado do Atlântico Norte), deu sinal verde para permitir a entrada do país nórdico no bloco.
O aval acontece às vésperas de reunião entre os 31 países integrantes da OTAN, que começa nesta terça (11), em Vilnius, na Lituânia. Para o ingresso de um novo membro, é preciso a aprovação de todos os países integrantes, e somente a Turquia de Erdogan vinha colocando empecilhos à adesão sueca, alegando entre outras coisas que o governo local permitia a entrada de curdos considerados terroristas no país.
Erdogan havia impactado a Otan ao informar que Turquia só daria o seu aval à decisão da Suécia, se seu país fosse aceito na União Europeia (UE). Depois, o líder turco se reuniu com o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, e o secretário-geral da aliança militar Jens Stoltenberg, além do titular do Conselho Europeu, Charles Michel.
Se a Suécia avançar para ser confirmada como o 32º integrante do bloco, será uma derrota para a Rússia de Vladimir Putin, que vê a aliança constituída após a 2ª Guerra Mundial justamente para deter a influência soviética se expandir para ainda mais perto das suas fronteiras após o ingresso da Finlândia, em 2022.
Os dois países, historicamente em posição de neutralidade, haviam solicitado fazer parte da OTAN justamente após a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022 - o processo que integrou a Finlândia foi finalizado em abril deste ano. A reunião da OTAN discutirá, entre outros assuntos, o futuro da Guerra na Ucrânia.
Joe Biden já afirmou que a Ucrânia não entrará na aliança militar enquanto estiver em guerra com a Rússia. É uma decisão para evitar um confronto direto com Moscou.
O Ocidente já enviou US$ 165 bilhões em ajuda militar e humanitária à Ucrânia e deve reforçar o apoio.