A fronteira de Rafah ficou fechada, nesta quarta-feira (8) por questões de segurança. Israel diz que combatentes do Hamas estariam usando ambulâncias que transportavam feridos para o Egito para entrar e sair de Gaza.
Com isso, a saída de brasileiros deve atrasar ainda mais. A expectativa é que eles pudessem sair na quinta-feira, mas - agora - pode ser que seja apenas na sexta ou sábado.
As tropas israelenses ganham cada vez mais terreno e estão encurralando os soldados do Hamas.
As batalhas estão concentradas no centro da cidade de Gaza. Civis alegam que as tropas estão se aproximando do hospital de Al-Shifa, local que Israel afirma abrigar bases do Hamas no subsolo.
Apesar do avanço rápido até aqui, isso não significa que esse conflito está perto do fim. O Hamas tem usado a tática do confronto corpo a corpo.
A maior dificuldade está debaixo da terra, nos muitos quilômetros de túneis subterrâneos - o chamado "metro de Gaza"- onde o grupo extremista se concentra e onde está boa parte dos 241 reféns. O exercito israelense diz que 130 túneis já foram destruídos.
Pelo terceiro dia consecutivo, um corredor humanitário foi organizado. Civis que estavam no norte pegaram o que conseguiram e caminharam em direção ao sul.
A fronteira de Rafah foi aberta mais uma vez para a saída de estrangeiros; e mais uma vez o grupo de 34 brasileiros ficou de fora. A expectativa é que eles possam atravessar para o Egito nesta quinta-feira.
No campo diplomático, o Catar negocia a liberação de reféns em troca de uma pausa nos bombardeios por dois dias. Israel mantem a posição : primeiro a liberação de todos os reféns e, só depois, conversa sobre cessar-fogo. O Egito também participa dessas negociações.
O G7 se reuniu nesta quarta-feira. O grupo que reúne as 7 democracias mais industrializadas do mundo e formado por aliados de Israel, não defendeu um cessar-fogo, mas falou em pausas humanitárias para a saída de civis da Faixa de Gaza e também a entrada de suprimentos básicos na região.
A Itália anunciou o envio de um navio hospital para o Mediterrâneo. A embarcação será usada para tratar civis feridos e dar um pouco de respiro a um sistema de saúde já colapsado.
O futuro de Gaza é incerto. Há muitos debates sobre o que será da região. O Ministro da Educação de Israel não excluiu a possibilidade de voltar com assentamentos de israelenses por lá. Já Anthony Blinken, secretário de estado dos Estados Unidos, descartou uma ocupação israelense no território palestino. E disse que a região pode ser controlada pela Autoridade Palestina.