"Triassic Park": dinossauros mais antigos do mundo viveram no Brasil

Livro dos Recordes reconheceu que os répteis mais antigos do mundo foram achados na região central do atual território gaúcho

Ticiano Kessler, do Jornal da Band

O Guinness Book, Livro dos Recordes, já reconheceu: os dinossauros mais antigos do mundo foram achados no Brasil.

O armário anti-incêndio é para proteger raridades de milhões e milhões de anos. A caixa de madeira guarda fósseis do dinossauro mais antigo do mundo, que viveu no Rio Grande do Sul há pelo 233 milhões de anos. O carnívoro Buriolestes tinha cerca de 1,20 metros de comprimento.

"Eles são justamente a raiz evolutiva de todo o parque dos dinossauros. A gente poderia brincar: se Hollywood tem o Jurassic Park, Nós temos o Triassic Park”, explica Flávio Pretto, diretor do centro de apoio à paleontologia da Univeridade Federal de Santa Maria (UFSM), referindo-se ao período Triássico, o primeiro da Era Mesozóica, que marcaria o surgimento dos dinossauros. 

O Guinness reconheceu que os dinossauros mais antigos do mundo foram encontrados na região central do atual território gaúcho.

Na formação de rochas Santa Maria foram achados ainda fósseis de bichos que são a evolução do Buriolestes: o Bagualossaurus, de 2,5 metros, e o Macrocollum, que já tinha mais de 4 metros de comprimento.

"Toda essa região entre Mata e Venâncio Aires, aqui na região central do Rio Grande do Sul, era uma grande bacia sedimentar do Triássico, onde a gente teve a deposição de areia e lamas trazidas pelos rios e pelas inundações daquela época", pontua o geólogo e paleontólogo Átila da Rosa.

Ossos na UFSM são de um dinossauro que viveu no Rio Grande do Sul há pelo menos 225 milhões de anos e foram extraídos de um bloco de rocha. Por isso, o trabalho para remoção dos fósseis leva meses ou até anos.

Desde que acharam o primeiro fóssil do período Triássico na região, em 1902, várias gerações de pesquisadores se dedicam a procurar ossos de dinossauros e outros animais em terras gaúchas.

“Com esforço e trabalho, conseguimos colocar algumas peças nesse grande quebra-cabeça que é a evolução dos dinossauros sobre a face da terra”, finaliza o paleontólogo Sérgio Cabrera.

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