O que dizer sobre Pelé e Santos? Tanta coisa. Afinal, vestido com a camisa 10 da Vila Belmiro, Edson Arantes do Nascimento atingiria como Pelé, as maiores marcas estatísticas que um jogador profissional conseguiria alcançar.
“O Pelé é um cara impressionante. Em tudo. Parece que ele tem olhos nas costas. E ele percebe tudo, viu?! Você fica falando e ele se liga em tudo. Ele é especial”, disse Manoel Maria, ídolo do Peixe.
Vindo da cidade de Bauru (SP) com apenas 15 anos, tímido e inexperiente, conheceria o clube da Baixada Santista no ano de 1956, e só sairia 18 anos depois, em 1974. Ao longo da história vitoriosa, liderou times inesquecíveis, marcou gols históricos. De garra. De plasticidade.
Foi protagonista de jogos e campeonatos que invariavelmente terminavam com a equipe da Vila Belmiro campeã. Seja aqui ou nos mais remotos gramados do planeta.
“Em um jogo truncado, quando você não tinha por onde sair, ele e o Coutinho criavam, de repente, uma situação assim que ‘pá!’. Os caras chegavam junto, não davam espaço, não dava nada. Mas no momento que bobeavam, saíam (as jogadas)", afirmou Mengálvio, companheiro de Pelé no Santos.
Rei que com o Santos atingiu as impressionantes marcas de 1116 jogos, anotando 1091 gols. Cinquenta e oito deles em um único Campeonato Paulista, marca praticamente insuperável, assim como as nove artilharias consecutivas no Paulistão - que nenhum outro jogador de futebol deverá atingir.
Foram 48 conquistas de campeonatos com a camisa do Santos, parando inclusive uma guerra no continente africano e colocando sua assinatura nas mais diversas formas de taça em todo o mundo. A história de Pelé com o Santos, além dos números e das conquistas, ficará pra sempre marcada no futebol como um dos casamentos com mais sucesso que a bola poderia proporcionar.
