Líder de facção gaúcha que seria ligada ao PCC é preso no Paraguai

Leonardo Silva de Souza, conhecido como “Nego Leo”, estava foragido desde 2016 e comandava crimes do país vizinho

Ticiano Kessler, do Jornal da Band

Foi preso no Paraguai, nesta quarta-feira (11), o líder de uma facção criminosa do Rio Grande do Sul. Escondido no país vizinho, Leonardo Silva de Souza, conhecido como “Nego Leo” comandava de lá o tráfico de drogas para o Brasil e ordenava assassinatos.

A operação em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia na fronteira com o Mato Grosso do Sul, mobilizou agentes da secretaria nacional antidrogas do país vizinho (Senad), da Polícia Federal e da Polícia Civil gaúcha. O criminoso foi surpreendido quando ainda estava na cama (veja nas imagens acima).

“Nego Leo” comandava uma das maiores e mais violentas facções gaúchas, conhecida como Anti-Bala. O criminoso estava foragido desde 2016.

“Ele é responsável pelo envio de drogas e armas para o Brasil daqui do Paraguai. Além disso, também seria o responsável pelo gerenciamento das finanças dessa facção”, explica o delegado Gabriel Lourenço.

Segundo a polícia, mesmo no Paraguai, o foragido seguia dando ordens, inclusive para matar integrantes de outras facções. Leonardo responde por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e por pelo menos três assassinatos. Por isso, começou a ser caçado pelo departamento de homicídios da Polícia Civil.

Ele assumiu o comando da facção em 2017 com a prisão do principal líder da organização criminosa, conhecido como “Nego Jackson”, também capturado na mesma cidade paraguaia da operação desta quarta. A Anti-Bala teria ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que atua principalmente em São Paulo.

O bandido capturado no Paraguai deve ser expulso do país e trazido ainda esta semana para uma penitenciária no Rio Grande do Sul.

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