Traficante do Comando Vermelho é solto por erro da Justiça do Rio

A corregedoria geral da justiça do Rio vai investigar o caso

Por Rodrigo Hidalgo

Um traficante de uma das principais facções criminosas do Rio de Janeiro foi solto logo depois de ser preso em uma operação por um erro durante a audiência de custódia.

A fronteira do Brasil com o Paraguai vive, há sete anos, uma disputa violenta entre facções criminosas pelo controle do tráfico de drogas. A facção carioca Comando Vermelho (CV), vem tentando expandir a atuação do PCC.

Depois de 15 meses de investigação, o Ministério Público do Mato Grosso do Sul fez, no início do mês, uma operação em seis estados contra mais de 90 integrantes do CV. Parte vinha comandando crime com o uso de celulares dentro desse presídio em campo grande.

Em um dos aparelhos, os promotores acharam a lista da cúpula do comando vermelho na fronteira, o chamado "conselho dos 13". O número 1 é Roberto Ricardo de Freitas Júnior, o Betinho. Ele foi preso em um apartamento onde vivia em Copacabana, mas ficou poucas horas na cadeia.

O traficante foi solto por um erro da Justiça do Rio. Como durante a operação, os policiais acharam armamento ilegal na casa dele, Betinho foi para uma primeira audiência de custódia, a do flagrante. E o juiz concedeu o direito do preso responder à acusação em liberdade.

A lei prevê a checagem da existência de algum empecilho para o cumprimento da medida. A ordem de prisão preventiva por organização criminosa e associação ao tráfico não foi vista e o alvará de soltura acabou sendo expedido.

No dia seguinte quando o preso deveria ser apresentado para o juiz responsável pela audiência da preventiva o equívoco foi descoberto. Na denúncia do Ministério Público, os promotores dizem que o preso foi colocado em liberdade por erro do funcionário público. A corregedoria geral da justiça do Rio vai investigar o caso.

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