O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, fez um discurso surpresa decretando Lei Marcial e o exército tentou invadir o parlamento. A oposição resistiu e denunciou uma tentativa de golpe de estado.
Eram quase onze da noite no horário local quando o presidente da Coreia do Sul fez um pronunciamento surpresa. Yoon Suk-yeol decretava a lei marcial no país. Disse que estava protegendo os sul-coreanos dos comunistas e combatendo as forças pró-Coreia do Norte.
Com a medida, o Congresso foi fechado, manifestações proibidas e a imprensa censurada.
Logo depois do discurso, militares começaram a ocupar as ruas e tentaram invadir a sede do parlamento. Deputados foram às pressas para o Congresso. Cerca 190 parlamentares votaram um requerimento para tentar barrar a lei marcial.
O líder da oposição disse que o presidente estava tomando uma ação ilegal e inconstitucional e chamou a população para protestar. Muitos sul coreanos atenderam ao chamado. Milhares se reuniram em frente ao parlamento e tentaram conter os soldados. Houve confronto.
Um dos principais aliados da Coreia do Sul, os Estados Unidos, foram pegos de surpresa pela lei marcial. Um porta-voz do Pentágono disse que espera que a situação do país se resolva pacificamente e que 28 mil soldados americanos estão no país, de prontidão em caso de emergência.
O presidente Yoon vem enfrentando dificuldades para governar desde que ganhou a eleição, em 2022. O congresso é controlado pela oposição, que tem barrado a maioria das reformas governistas.
Também está envolvido em escândalos e polêmicas. A primeira-dama é investigada por corrupção e tráfico de influência.
No fim da madrugada na Coreia, Yoon voltou atrás. Colocou fim à lei marcial, mas vai começar a quarta-feira com muita pressão. Várias categorias anunciaram greve geral até que o presidente deixe o cargo.