Estudar no Rio de Janeiro é mais perigoso do que em qualquer outro estado do país. Isso porque o estado lidera no que diz respeito a tiroteios e balas perdidas perto de escolas. Esses episódios violentos já aconteceram em 13% das instituições, 8 vezes mais do que a média nacional.
No total, seis de cada 100 escolas fluminenses ficaram fechadas pelo menos dois dias por causa da violência. Em segundo lugar, aparece o estado do Amazonas, mas bem atrás (2,5%). A médias nacional é 0,9%. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (Anuário 2023).
A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) diz que as operações são feitas com informações de inteligência. Já a Secretaria de Educação diz que treina 4 mil professores para saber como agir em situações de risco.
Em entrevista ao Jornal da Band, Uildison Ferreira, pai de uma vítima de bala perdida, relata a dor de perder a filha de forma tão trágica. Maria Eduarda, de 13 anos, foi atingida na quadra da escola em que estudava, em Acari, na zona Norte do Rio.
Os dois PMs acusados de darem os tiros que atingiram Maria Eduarda ainda não foram julgados e respondem em liberdade por homicídio doloso.
“Minha mãe não consegue mais falar. O pai está doente. Hoje, nós vivemos num estado desesperador, sobrevivendo, literalmente, definhando a cada dia”, lamentou Uildison.