Equipes de resgate correm contra o tempo em busca de sobreviventes após o terremoto que atingiu o Marrocos. O número de mortos já passa de 2,8 mil. No país, o tremor é considerado o mais devastador em 120 anos.
Um casamento foi interrompido pelo terremoto. Aldeias inteiras, com prédios simbólicos e casas de barro, foram destruídas. As famílias precisarão de muito tempo para reconstruírem a vida, além de terem que lidar com a dor da perda dos entes queridos.
Um marroquino contou que o irmão mais novo, de sete anos, morreu enquanto dormia. Outro homem perdeu cinco familiares. A mulher e a filha ainda estão sob os escombros.
Bombeiros e voluntários trabalham para encontrar sobreviventes num esforço desesperado. Os próprios moradores utilizam as mãos para retirarem os escombros em regiões remotas e de difícil acesso, principalmente porque estradas foram bloqueadas.
A Espanha mandou mais de 50 equipes de resgate para ajudar nas buscas, numa corrida contra o relógio.
“É claro que a gente não perde a esperança e não vai desistir. Mas, à medida que o tempo passa, a chance de encontrar sobreviventes diminui”, disse um bombeiro espanhol.
A França se colocou à disposição e doou 5 milhões de euros, cerca de R$ 26 milhões, para ONGs que trabalham no cenário da tragédia, como a Médicos Sem Fronteiras.
Diante da tragédia, uma pausa no conflito. A Argélia, que rompeu relações diplomáticas com Marrocos em 2021, abriu o espaço aéreo para o transporte de ajuda humanitária.
Nas ruas de Marrakesh, um retrato do trauma. Milhares de pessoas passam a noite ao ar livre, com medo de um novo terremoto.