Há uma semana o pequeno espaço que separa a costa da China da ilha de Taiwan vive dias tensos. Nesta terça-feira (9), o exército taiwanes usou munição real nos exercícios militares simulando uma tentativa de invasão chinesa. Na quinta-feira, haverá uma outra mobilização que, segundo o governo, já estava programada.
A escalada da tensão e a forte presença militar na região têm reflexos em todo o planeta. O Estreito de Taiwan é uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo. Um conflito por lá, colocaria muita pressão nas cadeias de distribuição global.
Nos primeiros sete meses desse ano, quase metade dos navios porta-contêineres do mundo passou pelo Estreito de Taiwan. Isso significa que produtos básicos podem faltar ou aumentar de preço no Reino Unido ou aí no Brasil.
As forças armadas da China ainda estão na região. O plano inicial era retirar seus soldados no domingo, mas agora a saída não tem data prevista.
Especialistas afirmam que a visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan, pode ter sido a desculpa que Pequim queria para intensificar a pressão e acelerar um processo de anexação de Taiwan.