Sinuca na formação da Esplanada dos Ministérios do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Acontece que o petista ainda articula para encaixar a senadora Simone Tebet (MDB), importante na corrida presidencial, no próximo governo. Já o futuro da deputada federal eleita Marina Silva (Rede) está acertado no Ministério do Meio Ambiente.
Agora, o presidente eleito tenta convencer Tebet a ficar no Ministério do Planejamento, mas ela teria sinalizado que não tem afinidade com a agenda econômica do PT. Com a possibilidade de recusa, a senadora deve ir para o Ministério das Cidades. O problema é que, para isso, Lula precisa encontrar uma maneira de agradar a bancada do MDB na Câmara, para quem iria a pasta.
Reunião na próxima segunda (26)
A conversa definitiva deve acontecer na próxima segunda-feira (26), em Brasília. A avaliação é de que o presidente eleito tem uma dívida com a senadora, devido ao papel dela na reta final da campanha petista. No segundo turno, Tebet declarou apoio ao então candidato.
Caso a conversa com Tebet ocorrer como o planejado, o restante dos nomes que vão compor a Esplanada dos Ministérios será anunciado na próxima terça-feira (27).
Articulação com o centrão
Dos 37 ministérios de Lula, 21 já foram confirmados até agora. Com esses anúncios, há articulações para Lula obter apoio no Congresso. Essas conversas devem partir do futuro ministro da Articulação Política, Alexandre Padilha (PT), principalmente com o centrão.
As negociações para os ministérios devem garantir novos aliados. O líder do União Brasil, Elmar Nascimento, é cotado para o Ministério da Integração Nacional, com o aval do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas). O senador Alexandre Silveira (PSD), deve ir para Minas e Energia, apadrinhado por Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado.
O senador eleito Renan Filho (MDB) ficaria com os Transportes. A expectativa é que também seja anunciado, com a nova leva de ministros, o senador Jean Paul Prates (PT) como presidente da Petrobras.