Durante a campanha, Donald Trump reclamou diversas vezes sobre a quantidade de dinheiro que o governo americano envia para a Ucrânia, e disse que a Europa deveria se responsabilizar por isso. Agora, com a vitória do republicano, a possibilidade é que essa ajuda militar seja interrompida, abrindo caminho para o avanço russo.
Nesse fim de semana, o jornal Washington Post revelou que Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, conversaram, e que o presidente americano teria pedido para não escalar o conflito na Ucrânia. Mas a informação foi negada pelo Kremlin.
Na semana passada, Trump já tinha conversado com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao lado do bilionário, Elon Musk. Segundo a imprensa americana, o presidente eleito afirmou que iria apoiar a Ucrânia, mas não deu mais detalhes.
A possibilidade de um grande ataque russo fez a Ucrânia impor um apagão de emergência em várias cidades do país neste domingo (10). No fim de semana, foram registrados novos bombardeios entre os dois países.
O dia foi marcado pelo maior ataque de drones ao território russo desde o início da guerra, em 2022. Vídeos divulgados pelo exército ucraniano mostram tropas sendo abatidas na região de Kursk.
Mísseis russos também foram lançados contra a Ucrânia durante a noite. Em Mykolaiv, cinco civis morreram. Já em Zaporizhzhia, os bombardeios deixaram cinco crianças feridas.
A escalada dos ataques colocou as autoridades ucranianas em alerta, após rumores de uma nova ofensiva russa em larga escala. Sirenes foram acionadas em todo o país, moradores orientados a buscar abrigo e a energia elétrica foi cortada.
Os apagões são uma forma de se prevenir contra possíveis bombardeios a setores fundamentais da infraestrutura.