STF: aumento salarial de ministros deve impactar R$ 13 bi no funcionalismo

Os ministros do STF vão ter o contracheque aumentado em 18%

Jornal da Band

Nesta quarta-feira (21), a Câmara Federal aprovou o aumento salarial de ministros do STF para R$ 46 mil, o que afeta nos reajustes do funcionalismo público

Depois de reajustarem os próprios salários e o do presidente da República, os deputados aprovaram, nesta quarta-feira (21), o aumento para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os ministros do supremo vão ter o contracheque aumentado em 18% parcelados ao longo de três anos. Em 2025, o salário vai passar dos atuais R$ 39,3 mil para R$ 46,4 mil. Como esse é o teto do funcionalismo, o efeito cascata nas outras categorias vai custar mais de 13 bilhões de reais.

Os salários do vice-presidente, dos ministros de Estado também foram reajustados e de servidores de outros órgãos públicos, como Tribunal de Contas da União (TCU).

Gil Castelo Branco, especialista em contas públicas, o momento é péssimo para reajustes, pois, segundo ele, o orçamento da União está no vermelho.

“Discutir o aumento salarial daqueles que já ganham os maiores salários do serviço público do país, no mesmo dia em que se discute como pagar R$ 600, inclusive às custas do endividamento, pois o país está se endividando para pagar esses R$ 600, ao meu ver, isso é absolutamente inoportuno. Isso é descabido”, disse o especialista.

Hoje, deputados e senadores recebem R$ 33,7 mil. Já a cúpula do Poder Executivo ganha cerca de 31 mil. Com o reajuste, os salários vão chegar a 46,4 mil até 2025, divididos em quatro vezes, uma alta de mais de 37% nos quatro anos.

Em janeiro do ano que vem, os salários sobem para cerca de R$ 39 mil;

Em abril,  passam para mais de R$ 41 mil;

A partir de  fevereiro de 2024, R$ 44 mil

Em fevereiro de 2025, chega ao teto R$ 46 mil.

A justificativa é a de que o último aumento foi em 2014 e, neste período, a inflação acumulada chegou a 60%. Só na folha dos parlamentares, o impacto será de quase 168 milhões. O deputado Thiago Mitraud (Novo) votou contra a medida.

Servidores das duas casas também terão aumento. Serão 6%, de forma escalonada. Vale para os cargos comissionados, aposentadorias e pensões.

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