Em Guarujá, no litoral de São Paulo, teve praia que amanheceu cheia, mesmo em meio ao aumento dos atendimentos de casos de virose. Nos postos de saúde, muita gente ainda procura atendimento médico. São sintomas como febre, dor de cabeça e diarreia. Nas farmácias, há falta de medicamentos.
Quem mora na região, estranha tanta gente doente, ao mesmo tempo, e corre para se prevenir. Quem consumia água da torneira, agora, compra galões de água mineral, como faz o construtor Antonio Calixto, entrevistado pela equipe do Jornal da Band.
Há suspeita de contaminação da água que chega às casas pela torneira, muitas vezes usada para consumo ou mesmo para fazer gelo. A Sabesp, em nota, diz que não há relação do surto com a água fornecida e que monitora todas as etapas do sistema de abastecimento.
A água das praias também está sob desconfiança. A autônoma Marcela Costa contou que foi ao médico após ir à praia. Mostrou um “carocinho” e relatou vômito, quando foi atendida.
Praias impróprias
A qualidade da água nas praias de Pão Paulo é monitorada semanalmente. A sinalização aos banhistas é feita com bandeiras. A vermelha indica que a água está imprópria, como ocorre na Praia do Perequê, também em Guarujá.
Segundo a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb), 38 das 175 praias analisadas do litoral paulista estão improprias para banho.
7 mil atendimentos em Praia Grande
Em Praia Grande, cidade vizinha a Guarujá, foram mais de 7 mil atendimentos em postos de saúde em 48 horas, 40% a mais em relação ao mesmo período do ano passado. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o prefeito Alberto Mourão (MDB) apontou problemas com alimentos como possível causa do surto.
“As pessoas acabam comendo comidas e não procuram um lugar adequado. Vão para a praia, consomem qualquer coisa”, considerou o prefeito na entrevista.