Durante uma hora, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, candidato à reeleição, até mostrou disposição na entrevista coletiva que convocou na última quinta-feira (11). Respondeu uma série de perguntas dos jornalistas, sobre o futuro da economia, geopolítica e a respeito do conflito entre Israel e Hamas.
Por outro lado, a maior pressão foi para saber se Biden tem condições de continuar na disputa presidencial contra republicano Donald Trump.
Na hora de responder se a vice-presidente Kamala Harris seria uma boa candidata a cargo de presidente, surge uma gafe. O chefe da Casa Branca trocou os nomes, ao chamá-la pelo nome do oponente, Trump.
Aquele foi o segundo deslize da noite. Horas antes, Biden havia chamado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, de Putin, o presidente russo.
Trump ataca
Biden, mais uma vez, não escapou das ironias do principal adversário. Nas redes sociais, Trump escreveu que o democrata fez um bom trabalho na entrevista. O democrata revidou:
“Eu sei bem a diferença entre Trump e Kamala. Uma é procuradora, enquanto o outro é um condenado da justiça (Biden)
Falta de apoio
Logo após a entrevista, mais três deputados do partido anunciaram que não apoiarão mais Biden. Agora, são 18 congressistas no total. A convenção democrata acontece em agosto. A partir disso, uma substituição só será possível se o candidato desistir.
Hoje, a cada novo pedido público de um parlamentar democrata para Biden desistir, aumenta a impressão de isolamento do presidente. O clima de desconfiança atinge os cofres da campanha.
Até o momento, 90 milhões de dólares, quase R$ 500 milhões, foram congelados por doadores do Partido Democrata. Trata-se de uma pressão a mais para que Biden peça para sair da disputa.