Setor questiona eficácia da importação de arroz para evitar aumento nos preços

Governo autorizou importação de arroz de países vizinhos para evitar alta dos preços em decorrência da tragédia no Rio Grande do Sul

Da redação

Uma medida provisória (MP), publicada em edição extra do Diário Oficial da União na última quinta-feira (9), autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar até 1 milhão de toneladas de arroz em caráter emergencial. A ideia é manter estoques para regular o mercado, mesmo com o risco de desabastecimento descartado.

O governo diz que a medida é para evitar que as especulações sobre o abastecimento elevem os preços. Será comprado arroz já pronto para consumo, de países vizinhos como Argentina, Uruguai e Paraguai. O produto será destinado, principalmente, a pequenos varejistas.

A Federação da Agricultura do Rio Grande Do Sul (Farsul) afirma que a importação não é necessária. Com 90% da safra colhida, os problemas, segundo os agricultores, são o escoamento do produto, já que muitas rodovias estão intransitáveis, além da emissão da nota fiscal para o transporte, que depende da Secretaria da Fazenda gaúcha.

“Isso parece uma medida absolutamente intempestiva e desnecessária. Até porque não vai conseguir tirar mercado. O que temos de resolver são os problemas de logística e emissão de nota fiscal, porque o nosso centro processador do governo do estado do Rio Grande do Sul está embaixo d'água”, comentou Gideão Pereira, presidente da (Farsul).

Longe da discussão e dos principais afetados, estão os consumidores. Nos mercados, eles dizem que o preço já subiu.

“Está muito caro. Subiu demais, tanto aqui como em qualquer outro supermercado. Está um absurdo”, lamentou a cozinheira Goaimá Farias.

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