Série Especial: Conjuração Baiana se inspirou na revolução francesa

Liberdade, igualdade e fraternidade. Esses conceitos estavam na raiz de um movimento que ganhou diferentes nomes ao longo do tempo

Da redação, com Jornal da Band

Uma revolta inspirada na Revolução Francesa e que pregava democracia. No projeto especial da Band sobre os 200 anos da Independência do Brasil, conheça mais sobre a Conjuração Baiana.

A história começa em 1788, em Salvador, que era a maior cidade do Brasil. Com 40 mil habitantes, sendo 14 mil eram escravizados negros. Para os pobres, maioria absoluta, a cidade era uma sociedade que oferecia raríssimas possibilidades de ascensão social. Já para a leite, a insatisfação crescia desde a perda do posto de capital da Colônia, em 1763, para o Rio de Janeiro.

Liberdade, igualdade e fraternidade. Esses conceitos estavam na raiz de um movimento que ganhou diferentes nomes ao longo do tempo: Conjuração Baiana, Revolta dos Alfaiates, Revolta dos Búzios e que trouxe uma marca nova na história da luta pela independência: a participação popular.

Mas integrantes da elite baiana também conspiravam contra os portugueses. Eles queriam, principalmente, poder negociar seus produtos com diferentes países e estavam insatisfeitos com o domínio de Portugal.

A Conjuração Baiana tinha como objetivo proclamar uma republica baiana independente de Portugal e que seguisse os princípios da revolução francesa.

A revolta estava nas ruas de Salvador, nas conversas de botequins, nas oficinas dos alfaiates, nos quartéis militares, nos salões de poderosos integrantes da elite. No dia 12 de agosto, ela se tornou pública. Em diferentes pontos da cidade foram fixados panfletos manuscritos com mensagens claras.

Eram panfletos com 11 textos diferentes assinados em nome de grupos como anônimos republicanos. A estratégia de propaganda gerou uma onda de repressão comandada pelo governador Dom Fernando José de Portugal.

A primeira reação das autoridades foi prender os autores dos panfletos. Para identifica-los, a ideia foi comparar as letras dos panfletos com aquelas petições feitas nos órgãos públicos.

Os panfletos foram anexos aos processos da Conjuração Baiana e hoje eles estão no arquivo público do estado da Bahia.

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