Série de ataques do Hamas reabre nova época de guerra e terror no Oriente Médio

Pelo menos 430 pessoas morreram e outras cinco mil ficaram feridas

Por Felipe Kieling

Uma série de ataques do Hamas contra Israel em uma intensidade nunca vista antes espalhou tensão no mundo todo e reabriu uma nova época de guerra, terror e sofrimento no Oriente Médio.

A reação pesada de Israel veio em seguida. O resultado: pelo menos 430 mortos e mais de cinco mil feridos.

O ataque começou cedo, por volta das 6h30 da manhã. Foram mais de cinco mil foguetes disparados pelo Hamas na região da Faixa de Gaza.

Essa foi uma operação muito planejada pelo grupo extremista. Enquanto os mísseis cruzavam a fronteira, soldados do Hamas invadiam Israel por terra, por água e até pelo ar, com parapentes gigantes e soldados muito bem armados.

As imagens que correm o mundo são chocantes. Um vídeo gravado pelos próprios soldados palestinos, é possível ver o grupo tomando o controle de parte do território do sul israelense.

Eles também explodiram tanques e veículos de defesa do exército israelense.

Sirenes tocaram em Tel Aviv, Jerusalém e espalharam pânico entre os moradores.

Civis, mais uma vez, viraram alvo dessa disputa religiosa e territorial entre muçulmanos e judeus. Soldados do Hamas executavam quem viam pela frente. Famílias inteiras foram mortas. Diversos israelenses foram sequestrados - inclusive idosos. 

Quem foi sequestrado, foi exibido como troféus pelas ruas da Palestina.

Ruas se transformaram em campos de batalha. 

Muitas pessoas buscaram abrigos em bunkers e usavam a internet para pedir socorro. Teve quem tentou fugir pelos aeroportos.

O grupo extremista Hamas governa a Faixa de Gaza desde 2006 e tenta tomar o território onde hoje é Israel, para estabelecer um estado palestino.

O Hamas alega que essa foi uma retaliação por conta de uma operação que aconteceu em abril na mesquita de Al-Aqsa, que fica em Jerusalém, e também pela expansão de assentamentos israelenses em território palestino. A ONU considera esses assentamentos de ilegais.

Essa ofensiva pegou Israel de surpresa em um dia extremamente simbólico: o fim de um feriado judaico, o Sucot, e, ainda, 50 anos da guerra de Yum Kippur, quando o país foi invadido por sírios e egípcios. 

Há muitos questionamentos sobre o serviço de inteligência israelense que não conseguiu prever um ataque dessa magnitude.

Depois do ataque, o contra-ataque. O premiê do país, Benjamin Netanyahu, divulgou um vídeo em que declara estado de guerra contra o Hamas e prometeu uma resposta dura. 

Ela não demorou a chegar. Israel mobilizou o exército e milhares de reservas. Horas depois, diversos pontos da Faixa de Guerra foram bombardeados.

Hospitais - tanto em Israel, como na Faixa de Gaza - estão lotados. Cenas de vítimas e mais destruição, infelizmente, devem se repetir nos próximos dias. Não há qualquer indício, por enquanto, de um cessar fogo.

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