O projeto de lei que regulamenta a importação, exportação, comercialização e controle dos cigarros eletrônicos é debatida pelo Senado. A votação foi adiada para três de setembro, mas entidades médicas seguem em alerta e alegam que o Brasil poderá ter um retrocesso na saúde pública com a liberação.
Preocupada com a aprovação, a Fiocruz enviou um documento ao Senado alertando sobre os riscos da liberação dos populares 'vapes'. Silvana Rubano Turci, representante do órgão, a preocupação maior é com os jovens.
"Eles têm comprado, acessado os produtos, porque os vapes, pods, tem forte apelo tecnológico. Não são produtos que vão trazer algum benefício, eles simplesmente estariam oferecendo quantidades de nicotina até desconhecidas", afirmou.
Por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANVISA, a comercialização dos produtos é proibida no Brasil. No entanto, os vapes são encontrados facilmente para a compra.
Os líquidos utilizados nos vapes não têm controle ou regulamentação, o que expõe usuários a substâncias tóxicas que causam danos à saúde. Além de problemas pulmonares, o uso dos cigarros eletrônicos aumentam o risco de infarto, derrame e desenvolvimento de câncer.
A Associação Médica Brasileira e outras 78 entidades assinaram uma carta contra a regulamentação dos cigarros eletrônicos, dizendo que se trata de uma grave ameaça à saúde pública.