A vitória de Claudia Sheinbaum, primeira mulher eleita presidente do México, era esperada e foi conquistada com ampla vantagem pela candidata governista. A ex-prefeita da Cidade do México, a política teve quase 60% dos votos. A diferença para a segunda colocada, a empresária Xóchitl Gálvez, superou os 30 pontos percentuais.
Sheinbaum, de 61 anos, terá um mandato único até 2030, já que a constituição mexicana não permite a reeleição presidencial.
A vencedora, apoiada pelo atual presidente, Lopez Obrador, prometeu continuar o legado de seu aliado político, mas com "sua própria marca". Também saudou as conquistas das mulheres mexicanas.
Apesar da alta popularidade do atual presidente, a cientista herdará um país repleto de problemas. O enfrentamento aos cartéis do narcotráfico e os altos índices de homicídios dominaram a campanha.
O México é o terceiro país com maior número de assassinatos, atrás de Índia e Brasil. Nas eleições deste ano, mais de 30 candidatos a cargos regionais, como prefeitos e vereadores, foram executados.
O estímulo à economia também foi uma bandeira de Sheinbaum, além da promessa em investimentos em energias renováveis e no aumento da produção local no norte do país.
Na relação com os Estados Unidos, o principal assunto será o controle da crise migratória. Mais de 6 milhões de imigrantes ilegais foram presos nos últimos 3 anos ao tentar cruzar a fronteira entre os dois países.