Após da desistência de Adriano Pires, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), o governo federal agora analisa novos nomes para o comando da Petrobras.
Caio Paes de Andrade, secretário de desburocratização do Ministério da Economia, é o nome da vez. Ele tem o apoio de vários ministros, inclusive do atual chefe, Paulo Guedes. Caio já havia sido cogitado, mas por não ter experiência na área de gás e petróleo perdeu a disputa para Adriano Pires.
A indefinição não preocupa o mercado, segundo o economista Gesner Oliveira. O grande problema é o risco de interferência do governo na estatal.
"O tempo da política é diferente do tempo do regime societário, de governança. Então a política exige uma mudança rápida enquanto há um critério de escolha, há um sistema de governança que precisa ser respeitado”, disse.
Há uma semana, Bolsonaro decidiu demitir o general Joaquim Silva e Luna, devido aos frequentes aumentos nos preços dos combustíveis. Desde o ano passado, o governo tenta alternativas para reduzir os preços, que impactam diretamente na inflação e atingem o bolso dos brasileiros.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse que vai propor ao congresso uma mudança na lei das estatais que, segundo ele, evita que especialistas no mercado de petróleo e gás possam presidir a Petrobras.