Secretaria investiga ação de flanelinhas no entorno do estádio do Pacaembu

Cobrança para vigiar automóveis estacionados não é crime, mas conduta pode ser enquadrada no Código Penal

Por Maira Di Giaimo

Flanelinhas cometem extorsão com motoristas
Reprodução/Jornal da Band

As grandes cidades ainda não encontraram uma solução para a ação dos flanelinhas, que cobram pelo estacionamento na rua, que são espaços públicos. No entorno do estádio do Pacaembu, a Rádio Bandeirantes flagrou a ação, que não é inibida nem pela presença de viaturas da CET. 

Os flanelinhas abordam todos os motoristas que chegam na Praça Charles Miller, em frente ao estádio. Os valores cobrados vão de R$ 25 a R$ 100, dependendo do dia e movimento. A maioria paga, com medo de encontrar o carro riscado na volta. “Eles são violentos, se jogam na frente do carro”, diz uma motorista, que não quis se identificar. 

A Praça Charles Miller é público e tem vagas com a Zona Azul, que custa R$ 6 por hora. Os flanelinhas prometem pagar a taxa, mas não pagam. Então, além de ser extorquido, o motorista também pode ser multado. 

Cobrar para vigiar o carro não é uma infração de trânsito, nem crime. Mas a conduta, que tem ameaças e extorsão, pode ser enquadrada no código penal. A concessionária que administra o Pacaembu afirmou que acionou autoridades para impedir a prática. 

A Secretaria de Segurança Pública afirmou que investiga crimes de estelionato no local, mas, como vítimas geralmente não denunciam, os casos não avançam. Um projeto de lei prevê a criminalização dos flanelinhas, com pena de até quatro anos de prisão, mas está parado no Congresso. 

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