A seca no Amazonas começou antes do previsto e já atinge pelo menos 10 mil pessoas no estado. Barcos de pescadores têm encalhado e algumas comunidades estão isoladas, com problemas de abastecimento.
Moradores e comerciantes da capital, Manaus, também começam a sentir os impactos da estiagem, principalmente na região do 'Lago do Aleixo', banhado pelo Rio Negro. Em 2023, a água deu lugar à lama e rachaduras no solo. A expectativa é de uma seca tão intensa quanto a do ano passado.
Fabíola Santos, gerente de um restaurante flutuante, já pensa em fechar as portas se a situação piorar. "Fechamos em agosto do ano passado, mas acho que nesse ano, nem em agosto chegaremos com as portas abertas", pontua.
Com a seca começando antes do previsto, aumenta também o temor da situação grave de 2023 ser ainda pior em 2024. O nível do Rio Negro bateu nesta quarta-feira (17) a marca de 26,20 metros. Só em julho, ele baixou mais de meio metro. Em outubro de 2023, o nível mais baixo em 120 anos, foi de 12,70 metros.
Até o momento, 20 das 62 cidades do Amazonas estão em emergência. O governo estadual já criou um comitê de enfrentamento à estiagem e tem levado comida e medicamentos às famílias afetadas.