A seca que já atinge parte da região Norte do Brasil pode ser ainda mais severa que a do ano passado, causando efeitos que poderão ser sentidos em todo o Brasil, já que o país depende da umidade gerada pela Floresta Amazônica.
O retrato da seca já pode ser visto em Rondônia, onde o nível do Rio Madeira caiu de oito para quatro metros. O coordenador da Defesa Civil de Porto Velho, Elias Ribeiro, alerta para uma possível situação de emergência.
"Do jeito que está vindo, com essa intensidade que as águas abaixam, logo logo teremos um decreto de situação de emergência, especialmente quanto às navegações, que podem ficar comprometidas", explica.
O sistema de proteção da Amazônia prevê uma seca mais severa em 2024, do que no ano passado, como indica o meteorologista Laurizio Alves. "A região de Porto Velho, do Amazonas, da Amazônia, são as mais afetadas por conta desse aumento da temperatura no norte do Oceano Atlântico. Com a tendência de aumento da temperatura do Atlântico Norte, tem a redução de chuvas para a região", aponta.
Pelo menos cinco comunidades ribeirinhas próximas à capital enfrentam dificuldades de acesso à água potável. Uma alternativa encontrada é a escavação de poços artesianos que, após construídos, os sistemas terão captação, armazenamento e abastecimento de água.
A Amazônia concentra mais da metade da superfície de água no Brasil e a seca na região influencia outras, como o Pantanal. Várias cidades do Mato Grosso do Sul estão em situação de emergência por causa dos incêndios, agravados pela estiagem.