Já são sete meses de luta para tentar voltar à rotina. Apesar das dificuldades na reabilitação, Maria Graciete comemora o fato de estar viva. A massoterapeuta sobreviveu a um acidente quando o mototáxi que a levava de volta para casa foi atingida por um carro que disputava um racha.
Os ocupantes de motos são os que mais morrem em acidentes de transito no estado de São Paulo. Das quase 5,6 mil mortes, em 2024, quase a metade era de motociclistas. Em seguida, vêm os pedestres (1.273 mortes) e os ocupantes de carros (1.232 mortes).
O dado é alarmante. O estado teve 16 mortes no trânsito por dia. Uma a cada hora e meia, em média. É o patamar mais alto desde que o levantamento começou a ser feito, há nove anos.
Só na capital, foram 935 mortes de janeiro a novembro, 13% a mais que no ano anterior. A prefeitura disse que aumentou de 60 km para 212 km a extensão das faixas para motocicletas, além de ter expandido o tempo de travessia de pedestres em 950 cruzamentos e reduzido o limite de velocidade dos carros em várias regiões da cidade.
Outro problema são os motoristas embriagados. Quase 22 mil condutores se recusaram a fazer o teste do bafômetro em 2024. O Detran intensificou as campanhas educativas e as operações de fiscalização, que aumentaram 24% em relação ao ano anterior.