Jornal da Band

Rússia sofre com sanções econômicas e está cada vez mais isolada

Sanções tomadas pelos Estados Unidos e países europeus têm pressionado o Kremlin

Por Eduardo Barão

A Rússia está cada vez mais isolada, atingida por sanções que afetam a economia do país.

Com 141 votos a favor, incluindo o do Brasil, e apenas 5 contra, foi aprovada na Assembleia geral da ONU uma resolução condenando a Rússia pela invasão na Ucrânia.

Os 5 contrários foram Coreia do Norte, Belarus, Eritreia e Síria, além da própria Russia. 35 nações, entra elas a China, se abstiveram na votação.

A carta aprovada nas Nações Unidas é um documento simbólico que mostra com o país está isolado nesse momento. Mas não significa na prática uma ação direta contra o governo de Vladimir Putin.

Outras sanções tomadas pelos Estados Unidos e países europeus têm pressionado o Kremlin.

Nenhuma aeronave que parta da Rússia pode sobrevoar o espaço aéreo americano, assim como já havia sido anunciado na Europa.

No pronunciamento, Biden fez ataques diretos a Putin e se dirigindo a oligarcas russos afirmou que seus iates, apartamentos de luxo e jatos particulares serão apreendidos.

As sanções econômicas têm mudado o dia a dia na Rússia. Além da moeda local o rublo ter perdido um terço do seu valor, grandes multinacionais estão deixando de oferecer seus produtos no país.

A debandada ocorre em diferentes setores, como no setor de combustível com a Shell e British Petroleum, na tecnologia com a Apple, na manutenção de aviões, como a Boeing, e até operadoras de cartão Visa e Mastercard. A China não aderiu ao boicote, justificando que o impacto é limitado.

A bolsa de valores de Moscou permaneceu fechada pelo terceiro dia seguido.

Nesta quarta-feira, novos protestos contrários à ofensiva na Ucrânia foram registrados no país e prisões voltaram a ser realizadas. Mais de 6,4 mil manifestantes foram detidos na Rússia desde o início da guerra.

O Brasil votou a favor, mas justificou. Durante o pronunciamento, Ronaldo Costa Filho, embaixador brasileiro nas Nações Unidas, disse que a resolução, da maneira que foi votada, porém, não vai "longe o suficiente" para uma paz sustentável.

"A paz exige a retirada de tropas e um trabalho amplo das partes. A resolução não pode ser entendida como algo que permita a aplicação indiscriminada de sanções", afirmou. "O Brasil continua a pedir a todos os atores a desescalada e renovação dos esforços em favor de um acordo diplomático", finalizou.

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