Rússia intensifica ataques e avança sobre Mariupol; Kiev volta a ser alvo

Situada no Mar de Azov, Mariupol é considerada fundamental na estratégia russa para garantir um corredor terrestre com a Crimeia

Por Eduardo Barão

Com a guerra quase completando um mês, a Rússia intensificou os ataques na Ucrânia e está perto de tomar uma cidade estratégica.

Na cidade portuária de Mariupol, além da artilharia com tanques em solo e dos bombardeios de aviões, os ataques agora também chegam pelo mar. Quatro navios da marinha russa dispararam contra a cidade.

Um complexo industrial foi destruído. No local, funcionava uma das maiores usinas metalúrgicas da Europa.

Há semanas sem água e comida, moradores desesperados não conseguem deixar a cidade. 90% da infraestrutura foram destruídos.

Situada no Mar de Azov, Mariupol é considerada fundamental na estratégia russa para garantir um corredor terrestre com a Crimeia.

Em outra cidade portuária Mykolayiv - no Mar Negro - um hospital psiquiátrico foi atingido por um míssil. Os pacientes tinham sido transferidos para outra ala minutos antes do ataque.

Em Kharkiv, a prefeitura reportou 84 bombardeios de ontem para hoje.

Entre as vítimas dos ataques, estava Boris Romanchenko, um judeu de 96 anos, que sobreviveu a três campos de concentração durante o Holocausto.

A capital Kiev - que segue com toque de recolher - voltou a ser alvo de bombardeios.

União Europeia discute como vai reconstruir Ucrânia

A Rússia rebateu as acusações da Casa Branca de que está planejando ataques hackers contra empresas americanas e uso de químicas na Ucrânia. O porta-voz do Kremlin disse que - ao contrário dos Estados Unidos e outros países ocidentais - a Rússia não adota o banditismo em suas relações internacionais.

O governo russo afirma querer ações claras da Ucrânia para alcançar um cessar fogo.

Já o presidente Volodymyr Zelensky cogitou a possibilidade de fazer um referendo nacional para definir quais compromisso Kiev deve aceitar.

Nesta terça, um tribunal russo condenou Alexey Navalny, principal opositor de Vladimir Putin, a nove anos de prisão.

O ativista, de 45 anos, sobreviveu a uma tentativa de envenenamento em 2020 e está preso desde o ano passado.

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