Rússia faz maior bombardeio na Ucrânia desde o início da guerra

A Rússia enviou mais de 80 mísseis de longa distância. Doze cidades foram atingidas. Alguns foram interceptados

Por Felipe Kieling

A Rússia fez seu maior bombardeio na Ucrânia desde o início da guerra, há quase oito meses. Pelo menos 11 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. Foi uma retaliação ao ataque a uma ponte na Crimeia.

A Rússia enviou mais de 80 mísseis de longa distância. Doze cidades foram atingidas. Alguns foram interceptados. O que furaram o sistema de defesa causaram estragos enormes.

Além dos mortos e feridos, a infraestrutura do país ficou bastante danificada. Diversas regiões registraram falta de energia elétrica e problemas de comunicação. O outono já derrubou as temperaturas na Europa e o aquecimento em muitas casas está comprometido. 

Há quatro meses que Kiev não era atacada e, pela primeira vez desde o início dessa guerra, o centro da capital foi bombardeado. Universidades e até um parquinho foram destruídos. As pessoas buscaram refúgio onde podiam. Estações de metrô viraram bunkers.

Os fortes bombardeios são uma resposta da Rússia a explosão que aconteceu na ponte da Crimeia, no sábado. Vladimir Putin afirmou que a Ucrânia está por trás da ação. Em reunião do Conselho de Segurança com seus ministros, o presidente russo afirmou que qualquer ataque ao seu país terá represálias severas e alertou que mais está por vir.

A pedido do presidente ucraniano, o G7 - grupo que reúne 7 das maiores economias do mundo-  faz nesta terça-feira (11) uma reunião de emergência. 

Volodymir Zelensky também conversou, nesta segunda-feira (10) com a premiê do Reino Unido, Liz Truss, e destacou a necessidade de mais armas para defesa anti-aérea.

A comunidade internacional reagiu com muita preocupação a essa escalada da tensão. A OTAN - aliança militar do ocidente - e diversos líderes europeus, condenaram os bombardeios. 

Um dos poucos aliados da Rússia é o presidente de Belarus. Alexandre Lukashenko disse - sem apresentar provas - que a Ucrânia e a OTAN estão planejando invadir seu país. Ele ordenou que tropas bielorrussas se juntem a militares russos em operações especiais na fronteira com território ucraniano.

O Ministro do Interior da Polônia, integrante da União Europeia e da OTAN, avisou que mais de 60 mil abrigos anti-bombas no país serão vistoriados e adaptados para poderem ser usados em um possível bombardeio.

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