Rússia continua atacando áreas residenciais mesmo após promessa de cessar-fogo

Já são 12 dias de bombardeios intensos em que civis tentam fugir e se afastar como podem das zonas de conflito

Por Felipe Kieling

Na Ucrânia, mesmo com a promessa de cessar-fogo para a fuga dos civis, áreas residenciais continuam sendo bombardeadas. 

Já são 12 dias de bombardeios intensos em que civis tentam fugir e se afastar como podem das zonas de conflito. A Rússia prometeu um cessar-fogo. Ele não foi respeitado.

Mais de 1,2 mil civis foram feridos na guerra - 406 morreram segundo a ONU. O número pode ser ainda maior.

Nesta segunda-feira (7), a Rússia prometeu mais uma vez interromper os ataques para que civis pudessem fugir. Mas suas tropas continuaram áreas residenciais da cidade de Mykolaiv.

Os corredores humanitários oferecidos por Moscou não foram bem recebidos pelo governo de Kiev, que os chamou de imorais. As alternativas eram sair por locais de onde vem os ataques. 

Quem estava em Kharkiv, Sumy ou Mariupol tinha como opção ir pra Rússia.  Já da capital, a saída seria por Belarus, país aliado de Putin.

O exército russo continua a ganhar terreno, sobretudo no sul da Ucrânia. As cidades-portuárias de Kherson e Mariupol já estão dominadas. Odessa, que possui o maior porto da Ucrânia, está sendo constantemente bombardeada. São por essas cidades que chegam boa parte dos suprimentos do país. 

Além dos portos, a Rússia já controla duas plantas nucleares, Chernobyl e Zaporizhia ' - a maior da Europa - e de onde vem 25% do abastecimento de energia dos ucranianos.

O presidente Volodymir Zelensky voltou a cobrar da Otan mais ajuda, armamentos e aviões. Prometeu vingança pela morte de civis e questionou o ocidente: "de quantos mortos vocês precisam?

No campo de batalha, o exército ucraniano tenta impedir os avanços dos russos sobre Kiev.

De acordo com a ONU, já são 1,7 milhão de ucranianos que cruzaram para à União Europeia. A expectativa é que esse número chegue a 5 milhões. O responsável pela política externa do bloco, Josep Borrell fez um alerta: ''precisamos de mais escolas, mais centros de recepção, mais tudo''.

A chegada em países como Polônia, Romênia, Hungria, Eslováquia e Modalvia é cada vez mais caótica. São muitas pessoas entrando de uma vez só para serem acomodadas.

Enquanto isso, ucranianos que decidiram ficar ou não tiveram escolha de partir, tentam seguir a vida. Esses militares resolveram casar em meio à guerra.

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