Rublo despenca 30% após Rússia sofrer sanções econômicas

Nenhum banco do G7 pode fazer negócios em rublo e há expectativa de um salto na inflação do país

Por Eduardo Barão

Rublo despenca 30% após Rússia sofrer sanções econômicas Reprodução
Rublo despenca 30% após Rússia sofrer sanções econômicas
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Depois de uma enxurrada de sanções econômicas impostas contra a Rússia, o rublo despencou 30% com relação ao dólar.

Nenhum banco do G7 pode fazer negócios em rublo e há expectativa de um salto na inflação do país.

A bolsa de valores de Moscou ficou fechada nesta segunda-feira (28) e o Banco Central russo anunciou um aumento da taxa básica de juros, de 9,5% para 20%.

Com as sanções, os cidadãos russos fizeram grandes filas em bancos e caixas eletrônicos para tentar converter rublos em dólares pra conter a desvalorização cambial. O saque de grandes quantidades para evitar um possível confisco das conta também foi registrado

Vídeo: EUA impõem mais sanções ao Banco Central russo

No Kremlin, Vladimir Putin fez reuniões para tratar das questões econômicas. Ele prometeu retaliar o ocidente por tentar implementar o que chamou de "Império de mentiras" contra seu país. Mas as sanções internacionais continuaram nesta segunda-feira.

Em uma nova ação coordenada, os Departamentos de Tesouro americano e da Europa proibiram as transações com o Banco Central Russo. Na prática, a medida sem precedentes, paralisa todos os ativos em dólar ou euro que a instituição tem no exterior. 

Apesar de ter reduzido a dependência do cambio, o banco central russo ainda tem cerca de 16% de suas reservas em dólar e 32% em euro.

Até o governo da Suíça, que historicamente se mantém neutra em conflitos, anunciou que o país vai bloquear os bens de quatro empresas e de mais de 360 cidadãos russos, entre eles o presidente Vladimir Putin e o chanceler Sergei Lavrov.

Anunciou ainda que seguiu o exemplo de outros países europeus e fechou seu espaço aéreo a voos que partem da Rússia.

Na abertura da sessão de emergência da Assembleia Geral da ONU, o secretário geral, Antonio Guterres, afirmou que a ofensiva russa na Ucrânia está levando a uma escalada das violações dos direitos humanos. Ele citou vítimas civis, mulheres, crianças e homens forçados a deixar suas casas.

Já o embaixador russo disse que as informações têm sido distorcidas e que a responsabilidade pelo que está acontecendo agora é do atual líder ucraniano, assim como dos países do ocidente.

O embaixador brasileiro, Ronaldo Costa filho, reforçou o pedido de um cessar-fogo imediato e disse que o uso da força contra a soberania e a integridade territorial de qualquer Estado é injustificável e viola os princípios mais básicos da carta da ONU.

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